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Vírus Sincicial Respiratório (Abrysvo e Arexvy)

Essa vacina é indicada para:

Há duas vacinas disponíveis atualmente: a Arexvy®, produzida pela GSK, indicada para idosos, e a Abrysvo®, da Pfizer, indicada para idosos e gestantes, com o objetivo de proteger o recém-nascido.

O que previne:

Doença do trato respiratório inferior (DTRI) associadas ao vírus sincicial respiratório (VSR).

Indicação:
  • Arexvy®: idosos;
  • Abrysvo®: idosos e gestantes, para a proteção do recém-nascido.
Contraindicação:

Indivíduos que tiveram anafilaxia após o uso de algum componente da vacina ou à dose anterior. 

Esquema de doses:

Idosos:

  • Ambas são recomendadas na rotina pela SBIm, sem preferência entre elas, para pessoas a partir dos 70 anos de idade, independentemente da existência de comorbidades. Além disso, são recomendadas para pessoas de 60 a 69 anos que tenham comorbidades de risco para doença grave pelo VSR. São consideradas condições de risco aumentado: cardiopatias, pneumopatias, diabetes, obesidade, nefropatias, hepatopatias e imunossupressão, além de idosos fragilizados, acamados e/ou residentes em instituições de longa permanência;
  • O esquema é de dose única, a qualquer momento, independentemente de sazonalidade;
  • O uso concomitante com outras vacinas recomendadas para a faixa etária é permitido, embora estudos de segurança e imunogenicidade sobre aplicação simultânea ainda estejam em andamento;
  • Os dados atuais demonstram proteção por duas temporadas. Até o momento, no entanto, não há evidências que sustentem a recomendação de reforços.

Gestantes:

  • Apenas a Abrysvo® é recomendada para mulheres grávidas, com objetivo de proteger o bebê por meio da transferência dos anticorpos da mãe durante a gestação;
  • A SBIm recomenda como rotina entre 32 e 36 semanas de gestação, a qualquer momento, independente da sazonalidade.
  • No entanto, como a Abrysvo® é licenciada pela ANVISA a partir da 24ª semana de gestação, fica a critério médico o uso antes das 32 semanas.
  • Não há indicação a partir da 36ª semana porque a estratégia só tem sucesso na prevenção de doença do trato respiratório inferior (DTRI) por VSR no recém-nascido caso a vacinação ocorra pelo menos 14 dias antes do parto. Além disso, já há dados que demonstram que quanto maior o intervalo entre a vacinação materna e o parto, maior é a eficácia;
  • Pode ser coadministrada com as outras vacinas de rotina da gestante;
  • Não há recomendação para revacinação em gestações subsequentes, mas a orientação poderá ser modificada quando mais informações sobre a duração da proteção estiverem disponíveis.
Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:
  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação;
  • Em caso de infecção com febre moderada/alta, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora;
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos, pode-se usar medicação para dor, sob recomendação médica;
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou;
  • Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 72 horas, devem ser investigados para verificação de outras causas.
Efeitos e eventos adversos:
  • Os eventos supostamente atribuíveis à vacinação e imunização (ESAVIs) são em geral locais, autolimitados, leves a moderados e se resolvem em poucos dias. São reações esperadas dor, vermelhidão e inchaço no local da injeção, cefaleia e mialgia;
  • Dados clínicos não revelaram qualquer risco especial em relação a toxicidade reprodutiva e do desenvolvimento.
  • Em relação à Abrysvo®, não foram identificadas reações adversas nos lactentes nascidos de mães vacinadas.

Varicela ou Catapora

Essa vacina é indicada para:

O que previne:

Há quem diga que é melhor pegar catapora para “ficar livre da doença”. Grande engano! Em crianças, a catapora costuma ser benigna, mesmo assim causa bastante incômodo. Fazer os pequenos não coçarem as lesões é uma missão quase impossível, e a prática pode provocar feridas e desencadear infecção bacteriana. Pneumonia e o comprometimento do sistema nervoso são outras complicações — felizmente, raras — e podem levar à internação. Em adolescentes e adultos o quadro costuma ser mais crítico, sem falar na questão estética e nas oportunidades perdidas por conta da quarentena que deve ser imposta aos doentes pelo alto risco de transmissão.

A infecção, prevenível por vacina, é causada pelo vírus Varicela zoster (da catapora), é altamente contagiosa e fácil de ser diagnosticada devido às erupções características na pele. Elas surgem como manchinhas vermelhas por todo o corpo, coçam e evoluem para vesículas (bolhas) até nas mucosas (boca e região genital), mas não ao mesmo tempo. Isso faz com que a pessoa apresente erupções em diversas fases: manchas, bolhas e crostas. Também podem ocorrer febre, mal-estar, dor no corpo e na cabeça. Além disso, quando a pessoa se infecta, esse vírus fica “adormecido” no organismo. Embora não vá mais causar catapora, poderá, no futuro, principalmente a partir dos 50 anos, provocar o herpes-zóster, mais conhecido como cobreiro.


Transmissão:

A catapora é transmitida pelo contato com saliva ou secreções respiratórias, lesões de pele e mucosas e objetos contaminados.

Como o vírus tem incubação relativamente longa (de 14 a 16 dias, podendo variar de dez a 20 dias), pode-se fazer a vacinação pós-exposição até 72 horas após o primeiro contato com a pessoa doente. A infecção confere imunidade para toda a vida, e quem não teve a doença ou ainda não foi vacinado precisa receber duas doses da vacina para se proteger.

Indicação:
  • É recomendada de rotina para crianças a partir de 12 meses (excepcionalmente, em situações de surto, por exemplo, também para crianças menores, a partir de 9 meses).
  • Todas as crianças, adolescentes e adultos suscetíveis (que não tiveram catapora) devem ser vacinados.
Contraindicação:
  • Pessoas que tiveram anafilaxia causada por qualquer dos componentes da vacina ou após dose anterior, e gestantes.
  • Pessoas com deficiência do sistema imunológico, seja por doença ou tratamento imunossupressor, devem ser consultadas por um médico para a indicação, pois muitas vezes os danos causados pelo adoecimento é maior que o risco oferecido pela vacina.
Esquema de doses:
  • A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomendam duas doses da vacina varicela: a primeira aos 12 meses e a segunda aos 15 meses. Essas doses coincidem com o esquema de vacinação da vacina Tríplice Viral e, portanto, a vacina Tetra Viral pode ser usada nas duas doses.
  • Para crianças até 12 anos, o intervalo mínimo entre doses é de três meses. Já para adolescentes e adultos suscetíveis são indicadas duas doses com intervalo de um a dois meses.
  • Em situação de surto na comunidade ou na creche/escola, ou ainda quando há um caso de varicela dentro de casa, a vacina pode ser aplicada em bebês a partir de 9 meses — essa dose aplicada antes de 12 meses será desconsiderada. A criança deverá tomar as duas doses de rotina, aos 12 meses e entre 15 e 24 meses de idade.
Via de aplicação:

Subcutânea.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:
  • Pessoas que usaram imunossupressores podem ser vacinadas após a suspenção do tratamento e a reconstituição do sistema imune, a critério médico. Os intervalos mínimos para a administração da vacina variam de acordo com o quadro e o medicamento utilizado. Saiba mais.
  • Crianças que receberam transplante de medula óssea só podem ser vacinadas de 12 a 24 meses após o procedimento.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
  • Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma) devem ser investigados para verificação de outras causas.
Efeitos e eventos adversos:
  • A vacina varicela é segura em indivíduos imunocompetentes, com taxa de eventos adversos variando de 5% a 35%. Imunodeprimidos podem apresentar eventos adversos mais intensos, embora raramente graves.
  • Em 26% dos vacinados ocorre dor no local da aplicação e em 5% ocorre vermelhidão. Em 1% a 3% podem ser observadas vesículas próximas ao local da aplicação.
  • De 3% a 5% dos indivíduos apresentam exantema pelo corpo, semelhante às lesões causadas pela varicela, com duas a cinco lesões aparecendo entre cinco e 26 dias após a vacinação. O exantema que surge nas primeiras duas semanas após a vacinação geralmente está associado ao vírus selvagem adquirido antes da vacinação ou antes da resposta imune se instalar. Já as lesões que surgem entre duas e sete semanas após a aplicação da vacina são associadas ao próprio vírus vacinal.

Tríplice Bacteriana Acelular Adulto dTpa e dTpa + IPV por dTpa + pólio (Difteria, Tétano, Coqueluche e Poliomielite)

Essa vacina é indicada para:

O que previne:

Difteria, tétano, coqueluche e poliomielite

Indicações:
  • Para crianças a partir de 3 ou 4 anos de idade, adolescentes e adultos, para os reforços de seus esquemas de vacinação.
  • Pode substituir as formulações infantis da vacina tríplice bacteriana (DTPa e suas combinações) no reforço de 4 a 5 anos de idade.
  • Para adolescentes e adultos, pode substituir a vacina dTpa e é a alternativa para viajantes com destinos às áreas de risco para poliomielite.
  • Para gestantes, pode substituir a dTpa na indisponibilidade desta vacina ou quando se trata de gestante viajante para área de risco para a poliomielite.
Contraindicação:

Pessoas que apresentaram anafilaxia após uso de componentes da vacina ou dose anterior.

Esquema de doses:

Pode substituir qualquer dose de dTpa. Em caso de viagens a locais de risco para a poliomielite, pode ser aplicada mesmo em pessoas que estejam em dia com a dTpa.

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:
  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de doença aguda com febre alta, a vacinação deve ser adiada até que ocorra a melhora.
  • Em pessoas com doenças que aumentam o risco de sangramento, a aplicação intramuscular pode ser substituída pela subcutânea.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode ser usada medicação para dor, sob prescrição médica.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
Efeitos e eventos adversos:
  • Em crianças, ocorrem em mais de 10% dos vacinados: sonolência e reações no local da aplicação (dor, vermelhidão e inchaço). Entre 1% e 10% dos vacinados podem apresentar perda de apetite, irritabilidade, dor de cabeça e febre acima de 37,5ºC. Entre 0,1% a 1%: aumento dos gânglios, sono inquieto, apatia, garganta seca, diarreia, vômito, dor abdominal, náusea e cansaço.
  • Em adolescentes e adultos, ocorrem em mais de 10% dos vacinados: dor de cabeça, reações no local da aplicação (dor, vermelhidão e inchaço) e cansaço. Entre 1% a 10% dos vacinados: distúrbios gastrintestinais, febre acima de 37,5ºC, hematoma no local da aplicação. Entre 0,1% e 1% dos vacinados ocorrem: aumento dos gânglios, diminuição do apetite, sensação de formigamento, sonolência, tontura, coceira, dor muscular, dor nas articulações, febre acima de 39ºC, calafrios.

Tríplice Viral – Sarampo, Caxumba e Rubéola

Essa vacina é indicada para:

O que previne:

Sarampo, caxumba e rubéola.

Indicação:

Crianças a partir de 12 meses, adolescentes e adultos.

Contraindicação:
  • Gestantes, pessoas com comprometimento da imunidade por doença ou medicação, história de anafilaxia após aplicação de dose anterior da vacina ou a algum componente.
  • A maioria das crianças com história de reação anafilática a ovo não tem reações adversas à vacina e, mesmo quando a reação é grave, não há contraindicação ao uso da vacina tríplice viral. Foi demonstrado, em muitos estudos, que pessoas com alergia ao ovo, mesmo aquelas com alergia grave, têm risco insignificante de reações anafiláticas. Teste cutâneo não é recomendado, pois não consegue prever se a reação acontecerá. No entanto, é recomendado que estas crianças, por precaução, sejam vacinadas em ambiente hospitalar ou outro que ofereça condições de atendimento de anafilaxia.
Esquema de doses:
  • A SBIm considera protegido todo indivíduo que tomou duas doses na vida, com intervalo mínimo de um mês, aplicadas a partir dos 12 meses de idade.
  • Em situação de risco para o sarampo — surtos ou exposição domiciliar, por exemplo – a primeira dose pode ser aplicada a partir dos 6 meses de idade. Essa dose, porém, não deve ser considerada como dose válida para o cumprimento do esquema de rotina: continuam a ser necessárias duas doses a partir dos 12 meses, com intervalo mínimo de 1 mês.
  • Como rotina para crianças, as sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam duas doses: uma aos 12 meses e a outra aos 15 meses, podendo ser usadas a vacina Tríplice Viral ou a combinada Tetra Viral.
  • Para crianças mais velhas, adolescentes e adultos não vacinados ou sem comprovação de doses aplicadas, a SBIm recomenda duas doses, com intervalo de um a dois meses.
  • Em casos de surto de caxumba ou sarampo, pode ser considerada a aplicação de uma terceira dose em pessoas com esquema completo. Não há, no entanto, evidências que justifiquem essa dose na rotina.
  • Indivíduos com história pregressa de sarampo, caxumba e rubéola são considerados imunizados contra as doenças, mas é preciso certeza do diagnóstico. Na dúvida, recomenda-se a vacinação.
Via de aplicação:

Subcutânea.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:
  • Pessoas que usaram imunossupressores podem ser vacinadas após a suspenção do tratamento e a reconstituição do sistema imune, a critério médico. Os intervalos mínimos para a administração da vacina variam de acordo com o quadro e o medicamento utilizado. Saiba mais.
  • Pessoas que receberam transplante de medula óssea só podem ser vacinadas de 12 a 24 meses após a cirurgia.
  • É aconselhável evitar a gravidez por 30 dias após a vacinação. Mas caso a vacinação aconteça inadvertidamente durante a gestação, ou a mulher engravide logo depois de ser vacinada, não é indicada a interrupção da gravidez, pois o risco de problemas para o feto é teórico, por tratar-se de vacina atenuada. Não há relatos na literatura médica de problemas decorrentes desse tipo de situação.
  • Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
  • Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser notificados ao serviço que realizou a vacinação e investigados para verificação de outras causas.
Efeitos e eventos adversos:
  • As reações locais acometem menos de 0,1% dos vacinados e incluem: ardência, vermelhidão, dor e formação de nódulo.
  • Febre alta (maior que 39,5ºC), que surge de cinco a 12 dias após a vacinação, com um a cinco dias de duração, pode ocorrer em 5% a 15% dos vacinados. Em 0,5% a 4% dos vacinados também pode ocorrer dor de cabeça, irritabilidade, febre baixa, lacrimejamento e vermelhidão dos olhos e coriza cinco a 12 dias após a vacinação. Manchas vermelhas no corpo, sete a 14 dias após a vacinação, com permanência em torno de dois dias, surgem em 5% dos vacinados.

Tríplice Acelular Pediátrica – DTPa e DTPa + IPV – Tríplice Acelular Pediátrica + Poliomielite

Essa vacina é indicada para:

Indicação:

Crianças com menos de 7 anos de idade. Mesmo as que já tiveram tétano, difteria, doença causada pelo Haemophilus influenzae tipo b (Hib) e/ou coqueluche devem ser imunizadas, uma vez que estas doenças não conferem proteção permanente frente a novas infecções.

Contraindicação:
  • Maiores de 7 anos.
  • Crianças que apresentaram encefalopatia nos sete dias que se seguiram à aplicação de dose anterior de vacina contendo componente pertussis.
  • Anafilaxia causada por qualquer componente da vacina.
Esquema de doses:

Para a vacinação rotineira de crianças (aos 2, 4, 6 meses e entre 12 e 18 meses), preferir a vacina quíntupla (penta) ou hexa, nas quais a DTPa é combinada a outras vacinas. Ver DTPa-VIP/Hib ou DTPa-VIP-HB/Hib. Para a dose de reforço entre 4 e 5 anos de idade, a DTPa pode ser substituída por dTpa ou dTpa-VIP.

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:
  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de doença aguda com febre alta a vacinação deve ser adiada até que ocorra a melhora.
  • Em pessoas com doenças que aumentam o risco de sangramento, a aplicação intramuscular pode ser substituída pela subcutânea.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode ser usada medicação para dor, sob prescrição médica.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
Efeitos e eventos adversos:

Com a vacina DTPa os eventos adversos são menos frequentes e intensos do que com a DTPw.

Vacina Tetra Viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) – SCR-V

Essa vacina é indicada para:

O que previne:

Sarampo, caxumba, rubéola e varicela

Indicação:

A vacina Tetra Viral está licenciada para crianças a partir de 12 meses e adolescentes até 12 anos. Recomenda-se em substituição às vacinas Tríplice Viral e Varicela, quando a aplicação das duas for coincidente.

Contraindicação:
  • Gestantes; pessoas com comprometimento da imunidade por doença ou medicação; história de anafilaxia após dose anterior da vacina ou a algum componente.
  • A maioria das crianças com história de reação anafilática a ovo não tem reações adversas à vacina e, mesmo quando a reação é grave, não há contraindicação ao uso. Foi demonstrado, em muitos estudos, que pessoas com alergia ao ovo, mesmo aquelas com alergia grave, têm risco insignificante de reações anafiláticas. O teste cutâneo não é recomendado, pois não consegue prever se a reação acontecerá. No entanto, recomenda-se que estas crianças, por precaução, sejam vacinadas em ambiente hospitalar ou outro que ofereça condições de atendimento de anafilaxia.
Esquema de doses:
  • A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) considera protegido contra as quatro doenças todo indivíduo que recebeu duas doses a partir dos 12 meses de idade. Como a vacina contém o componente varicela, os intervalos mínimos a serem respeitados entre as doses são de três meses, para crianças e adolescentes até 12 anos, e de um mês, a partir de 13 anos de idade;
  • A SBIm e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomendam na rotina uma dose aos 12 meses e outra aos 15 meses, podendo a vacina Tetra Viral ser substituída pelas vacinas Tríplice Viral e Varicela.
  • Indivíduos com história pregressa de sarampo, caxumba, rubéola e varicela (catapora) são considerados imunizados contra as doenças, mas é preciso certeza do diagnóstico. Na dúvida, recomenda-se a vacinação.
Cuidados antes, durante e após a vacinação:
  • Pessoas que usaram imunossupressores podem ser vacinadas após a suspenção do tratamento e a reconstituição do sistema imune, a critério médico. Os intervalos mínimos para a administração da vacina variam de acordo com o quadro e o medicamento utilizado. 
  • Pessoas que receberam transplante de medula óssea só podem ser vacinadas de 12 a 24 meses após o procedimento.
  • Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
  • Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser notificados ao serviço que realizou a vacinação e investigados para verificação de outras causas.
Efeitos e eventos adversos:
  • Após a primeira dose, 22% dos indivíduos vacinados com a vacina Tetra Viral têm risco de apresentar febre. Esse percentual cai para 15% quando da aplicação das vacinas em separado.
  • Em 3% dos vacinados aparecem erupções na pele semelhantes às do sarampo. Esses sinais se instalam de cinco a 12 dias após a vacinação e desaparecem em poucos dias sem deixar sequelas.
  • As reações locais acontecem menos de 0,1% dos vacinados e incluem: ardência, vermelhidão, dor e formação de nódulo.
  • Febre alta (maior que 39,5°C), que surge de cinco a 12 dias após a vacinação, com um a cinco dias de duração, pode ocorrer em 5% a 15% dos vacinados.
  • Em 0,5% a 4% dos vacinados também ocorrem dor de cabeça, irritabilidade, febre baixa, lacrimejamento e vermelhidão dos olhos e coriza, de cinco a 12 dias após a vacinação.
  • Manchas vermelhas no corpo, sete a 14 dias após a vacinação, durando em torno de dois dias, aparecem em 5% dos vacinados.

Rotavírus Pentavalente

Essa vacina é indicada para:

O que previne:

O rotavírus é causa de gastrenterite grave (diarreia e vômitos) em todo o mundo, principalmente em crianças com menos de 5 anos. 

Transmissão:

Ocorre pela eliminação dos vírus pelas fezes, contaminando o meio ambiente. Uma pequena quantidade deles é suficiente para causar infecção, razão pela qual são frequentes os surtos em ambientes com muitas crianças, como creches e escolas. A eliminação viral muitas vezes continua por dias, mesmo depois de a criança já ter melhorado e estar sem sintomas.

Indicação:

Bebês de 6 semanas a 7 meses e 29 dias. A primeira dose deve ser obrigatoriamente aplicada até a idade de 3 meses e 15 dias e a última dose até os 7 meses e 29 dias.

Contraindicação:

Crianças fora da faixa etária citada acima; com deficiências imunológicas por doença ou uso de medicamentos que causam imunossupressão; com alergia grave (urticária disseminada, dificuldade respiratória e choque anafilático) provocada por algum dos componentes da vacina ou por dose anterior da mesma; e com doença do aparelho gastrintestinal ou história prévia de invaginação intestinal.

Esquema de doses:

VRH5 – Para crianças a partir de 6 semanas de idade: três doses, com intervalo mínimo de quatro semanas. Esquema padrão: 2, 4 e 6 meses de idade.

Via de aplicação:

Oral.

Se a administração oral não for possível, a vacina pode ser administrada por sonda de alimentação. O tubo deve ser colocado adequadamente e lavado antes e após o procedimento.  Em situações como essa, é preciso avaliar o motivo pelo qual o lactente precisa de tubo para a alimentação. A vacina rotavírus é contraindicada para lactentes com malformação gastrointestinal não corrigida que predisponha à intussuscepção.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:
  • Adiar a vacinação em bebês com febre moderada a alta (acima de 38?C) ou diarreia intensa, até que ocorra a melhora desses sintomas. Não há problema se a febre for baixa ou a diarreia de leve intensidade, sem provocar desidratação.
  • Bebês de mães portadoras do vírus HIV podem ser vacinados se não tiverem sinais de deficiência imunológica.
  • Não há problema em vacinar bebês que convivem com pessoas com deficiência imunológica.
  • Não é preciso dar outra dose se o bebê golfar ou regurgitar após tomar a vacina.
  • Não há recomendação para cuidados especiais com as fraldas após a vacinação, além da habitual lavagem adequada das mãos.
  • Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
  • Eventos adversos inesperados ou graves devem ser notificados.
Efeitos e eventos adversos:

Sintomas de gastrenterite ocorrem em menos de 10% dos vacinados

Gripe Tetravalente de Alta Concentração (EFLUELDA)

Essa vacina é indicada para:

O que previne:

2 vírus influenza tipo A (H1N1 e H3N2) e 2 vírus influenza tipo B (Victoria e Yamagata).

Indicação:

Recomendada preferencialmente para todos os adultos a partir de 60 anos de idade, em especial imunocomprometidos.

Contraindicação:

Pessoas com alergia grave (anafilaxia) a algum componente da vacina ou a dose anterior.

Esquema de doses:

Dose única anual.

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:
  • Não administrar por via intravenosa, intradérmica ou subcutânea.
  • Se há histórico de Síndrome de Guillain-Barré (SBG) em um período de até seis semanas após qualquer vacinação anterior contra a influenza, a decisão de administrar a vacina deve ser do médico assistente.
  • Tratamentos ou condições imunossupressoras: a resposta vacinal pode ser prejudicada e cabe ao médico assistente determinar o momento mais oportuno para a vacinação.
  • Adotar as precauções adequadas quanto à técnica de administração em indivíduos com distúrbios de coagulação, pelo risco de sangramento.
  • Assim como para qualquer outra vacina, a administração deve ser adiada em indivíduos com doença febril aguda grave, mas a presença de uma infecção menor, como resfriado, não deve resultar no adiamento da vacinação.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos, pode-se usar medicação para dor, sob recomendação médica.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais que 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
Efeitos e eventos adversos:
  • As reações adversas relatada com mais frequência nos estudos de licenciamento foram dor no local da injeção (42,6%), dor muscular (23,8%), dor de cabeça (17,3%) e mal-estar (15,6%). A maioria dos quadros foi resolvida dentro de três dias após a vacinação e teve intensidade leve a moderada.

Pneumocócica 23

Essa vacina é indicada para:

O que previne:

Responsável por infecções nos pulmões e ouvidos, por meningite e infecções do sangue (bacteremia e sepsis), a doença pneumocócica é prevenível por vacina. Ela é mais comum no inverno e, frequentemente, se associa à gripe, agravando o quadro. A doença pneumocócica é provocada pela bactéria pneumococo (Streptococcus pneumoniae), causa mais comum de doenças graves em crianças menores de 5 anos — posto que era ocupado por outra bactéria, a Haemophilus influenzae tipo b (Hib), fortemente combatida com a vacinação.

Muitas vezes se fala de “doença pneumocócica invasiva”. Isso quer dizer que a bactéria invadiu partes do corpo geralmente livres de microrganismos, como a corrente sanguínea (bacteremia) e os tecidos e fluidos que rodeiam o cérebro e medula espinhal (meningite). Quando isso acontece, é geralmente muito grave, provoca hospitalização e até a morte.

Qualquer pessoa pode ter doença pneumocócica, mas a idade e certas condições clínicas são os principais fatores de risco. Crianças menores de 5 anos (mais ainda as menores de 2 anos), idosos e pessoas com doenças como Aids, anemia falciforme, diabetes; asplenia (por retirada cirúrgica do baço ou por doenças que afetam o funcionamento desse órgão); ou com doença do coração ou do pulmão são mais vulneráveis a adoecerem de forma grave e até fatal. Também são fatores de risco locais onde há aglomeração de pessoas, pobreza, exposição ao tabaco e infecções respiratórias concomitantes.

Streptococcus pneumoniae é o agente infeccioso que mais comumente causa pneumonia bacteriana em crianças e adultos.

O risco de morte por meningite meningocócica no Brasil é alto: cerca de 30% dos pacientes que desenvolvem essa forma de doença invasiva, principalmente crianças e idosos, morrem.

Transmissão:

Ocorre por meio de gotículas de saliva ou secreções. Ambientes fechados ou com aglomeração de pessoas facilitam a disseminação da bactéria.

Indicação:
  • Para crianças acima de 2 anos, adolescentes e adultos que tenham algum problema de saúde que aumenta o risco para doença pneumocócica (diabetes, doenças cardíacas e respiratórias graves; sem baço ou com o funcionamento comprometido desse órgão; com problemas de imunidade, entre outras condições).
  • Para pessoas a partir de 60 anos deve ser aplicada de rotina.
  • Não é recomendada como rotina para crianças, adolescentes e adultos saudáveis.
Contraindicação:

Crianças, adolescentes e adultos que apresentaram anafilaxia causada por algum componente ou dose anterior da vacina.

Esquema de doses:
  • Recomenda-se a combinação da Pneumo 23 com a Pneumo 15, conforme indicação. Idealmente, deve-se iniciar o esquema com a aplicação da Pneumo 15, aplicar uma dose da Pneumo 23 seis meses depois da dose da Pneumo 15 e outra cinco anos após a primeira dose de Pneumo 23.
  • Na maioria das vezes não se recomenda aplicar mais de duas doses de Pneumo 23.
Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:
  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
Efeitos e eventos adversos:

As reações adversas mais frequentes, que ocorrem com mais de 10% dos vacinados, são: dor no local da aplicação (60,0%), inchaço ou endurecimento (20,3%); vermelhidão (em 16,4%); dor de cabeça (17,6%); cansaço (13,2%) e dor muscular (11,9%). Reações locais mais intensas, com inchaço de todo braço, chegando até o cotovelo, hematoma e manchas vermelhas podem ocorrer em menos de 10% dos vacinados.

Pneumocócica 13 ou 15

Essa vacina é indicada para:

O que previne:

A vacina pneumocócica conjugada 15-valente (VPC15) acrescenta mais dois sorotipos aos 13 já existentes na VPC13. Hoje, no Brasil, de acordo com nossos dados de vigilância de sorotipos pneumocócicos circulantes, a inclusão destes sorotipos aumenta a prevenção em cerca de 1%, comparando com a vacina VPC13.

Indicação:
  • Para crianças a partir de 2 meses e menores de 6 anos de idade, é recomendada a vacinação rotineira. No PNI, a vacina recomendada é a VPC10. A SBIm recomenda preferencialmente as vacinas VPC13 ou VPC15 na rotina de vacinação devido à maior proteção oferecida, incluindo contra os sorotipos que mais causam doença pneumocócica no Brasil atualmente.
  • Para crianças a partir de 2 anos, adolescentes e adultos portadores de certas doenças crônicas, recomenda-se esquema sequencial com as vacinas conjugadas (VPC10, VPC13/VPC15) e polissacarídica (VPP23).
  • Para maiores de 50 anos e, sobretudo, para maiores de 60, recomenda-se, como rotina, esquema sequencial de com as vacinas VPC13 ou VPC15 e VPP23.
Contraindicação:

Crianças que apresentaram anafilaxia após usar algum componente das vacinas ou após dose anterior das vacinas.

Esquema de doses:
  • As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam o uso preferencial das vacinas VPC13 ou VPC15 (sem preferência entre elas) sempre que possível. A incidência dos sorotipos adicionais, especialmente o 3 e o 19A —associados a doença invasiva e resistência a antibióticos e responsáveis, hoje, pela maior parte das doenças pneumocócicas graves no Brasil — têm aumentado no mundo todo.
  • Na rotina, o esquema deve ser iniciado aos 2 meses de idade, com três doses (aos 2, 4 e 6 meses) e um reforço entre 12 e 15 meses.
  • Em caso de atraso, o esquema dependerá da idade da criança no momento em que a primeira dose de VPC13 ou VPC15 for aplicada:
    • Até 6 meses: três doses no primeiro ano de vida e reforço entre 12 e 15 meses de idade (esquema 3 + 1).
    • Entre 7 e 11 meses: duas doses no primeiro ano de vida e reforço entre 12 e 15 meses de idade (esquema 2 + 1).
    • Entre 12 e 24 meses: duas doses com intervalo de dois meses (esquema 1 + 1).
    • A partir de 24 meses: dose única.
  • Para crianças a partir de 6 anos, adolescentes e adultos com doenças crônicas que aumentam o risco para doença pneumocócica invasiva ainda não vacinados: dose única de VPC13 ou VPC15, complementando a vacinação com a vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente (VPP23). Clique para saber mais.
  • A partir de 60 anos, a VPC13 ou a VPC15 são recomendadas de rotina, em esquema sequencial com a vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente (VPP23): uma dose de VPC13 ou VPC15, uma dose de VPP23 com intervalo de 6 a 12 meses, e outra dose de VPP23 a partir de cinco anos após a anterior.
  • Intercambialidade: A intercambialidade entre a VPC13 e a VPC15 foi avaliada por ensaio clínico que comparou a quantidade de anticorpos estimulada por esquemas completos de VPC13 e de VPC15 com as estimuladas por esquemas com todas as possibilidades de intercâmbio: três doses de VPC13 e uma de VPC15, duas doses de VPC13 e duas de VPC15 ou uma dose de VPC13 e três de VPC15.

O trabalho concluiu que a concentração de anticorpos específicos após a dose de reforço em todos os esquemas mistos analisados foi adequada e equivalente à verificada com os esquemas completos de VPC13 e de VPC15. A intercambialidade é, portanto, respaldada cientificamente em qualquer ponto do esquema vacinal iniciado com a VPC13.

Entretanto, no caso de intercambialidade com VPC10, para proteção adequada contra os principais sorotipos responsáveis por doença grave (19A e 3), deve ser adotado o esquema completo recomendado para a idade em que a primeira dose de VPC13 ou VPC15 for aplicada.

Via de aplicação:

Para qualquer das três vacinas, a via de aplicação é intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:
  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
  • Recomenda-se evitar o uso profilático (sem a ocorrência de febre) de antitérmicos e anti-inflamatórios antes e nas 24 horas que seguem a vacinação.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
Efeitos e eventos adversos:

VPC15 – As reações adversas mais frequentemente relatadas após cada dose de VPC15 são irritabilidade, febre ≥38°C, sonolência, dor, edema, endurecimento e eritema no local da injeção, diminuição do apetite, irritabilidade. A maioria das reações adversas solicitadas é leve a moderada e de curta duração (≤3 dias). Reações graves ocorreram em até 1,5% dos vacinados (crianças e adultos), mesmo naqueles com condições especiais de saúde. Entre adultos, pode haver dor, eritema e inchaço no local da injeção, fadiga, cefaleia, artralgia mialgia e artralgia também leves e de curta duração (≤ 3 dias).

Pneumocócica 15

Essa vacina é indicada para:

O que previne:

Previne doenças graves como pneumonia, meningite pneumocócica, otite, sepse e bacteremia causadas por 15 sorotipos de pneumococos.

Indicação:
  • Para crianças a partir de 2 meses, adolescentes e adultos.
  • Para crianças a partir de 2 anos, adolescentes e adultos portadores de certas doenças crônicas, recomenda-se esquema sequencial com a vacina conjugada (Pneumo 15) e polissacarídica (Pneumo 23).
  • Para maiores de 50 anos e, sobretudo, para maiores de 60, recomenda-se, como rotina, esquema sequencial com as vacinas Pneumo 15 e Pneumo 23.
Contraindicação:

Crianças que apresentaram anafilaxia após usar algum componente das vacinas ou após dose anterior das vacinas.

Esquema de doses:

Na rotina, o esquema deve ser iniciado aos 2 meses de idade, com três doses (aos 2, 4 e 6 meses) e um reforço entre 12 e 15 meses.

Em caso de atraso, o esquema dependerá da idade da criança no momento em que a primeira dose de Pneumo 15 for aplicada:

  • Até 6 meses: três doses no primeiro ano de vida e reforço entre 12 e 15 meses de idade (esquema 3 + 1).
  • Entre 7 e 11 meses: duas doses no primeiro ano de vida e reforço entre 12 e 15 meses de idade (esquema 2 + 1).
  • Entre 12 e 24 meses: duas doses com intervalo de dois meses (esquema 1 + 1).
  • A partir de 24 meses, adolescentes e adultos: dose única.

A partir de 60 anos, a Pneumo 15 é recomendada de rotina, em esquema sequencial com a vacina Pneumo 23: uma dose de Pneumo 15, uma dose de Pneumo 23 com intervalo de 6 meses, e outra dose de Pneumo 23 a partir de cinco anos após a anterior.

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:
  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
  • Recomenda-se evitar o uso profilático (sem a ocorrência de febre) de antitérmicos e anti-inflamatórios antes e nas 24 horas que seguem a vacinação.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
Efeitos e eventos adversos:

As reações adversas mais frequentemente relatadas após cada dose de Pneumo 15 são irritabilidade, febre ≥38°C, sonolência, dor, edema, endurecimento e eritema no local da injeção, diminuição do apetite, irritabilidade. A maioria das reações adversas solicitadas é leve a moderada e de curta duração (≤3 dias). Entre adultos, pode haver dor, eritema e inchaço no local da injeção, fadiga, cefaleia, artralgia mialgia e artralgia também leves e de curta duração (≤ 3 dias).

Pneumocócica 13

Essa vacina é indicada para:

O que previne:

A vacina pneumocócica conjugada 13-valente (VPC13) previne cerca de 90% das doenças graves (pneumonia, meningite, otite) em crianças, causadas por 13 sorotipos de pneumococos.

Indicação:
  • Para crianças a partir de 2 meses e menores de 6 anos de idade, é recomendada a vacinação rotineira. No PNI, a vacina recomendada é a VPC10. A SBIm recomenda preferencialmente as vacinas VPC13 ou VPC15 na rotina de vacinação devido à maior proteção oferecida, incluindo contra os sorotipos que mais causam doença pneumocócica no Brasil atualmente.
  • Para crianças a partir de 2 anos, adolescentes e adultos portadores de certas doenças crônicas, recomenda-se esquema sequencial com as vacinas conjugadas (VPC10, VPC13/VPC15) e polissacarídica (VPP23).
  • Para maiores de 50 anos e, sobretudo, para maiores de 60, recomenda-se, como rotina, esquema sequencial de com as vacinas VPC13 ou VPC15 e VPP23.
Contraindicação:

Crianças que apresentaram anafilaxia após usar algum componente das vacinas ou após dose anterior das vacinas.

Esquema de doses:
  • As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam o uso preferencial das vacinas VPC13 ou VPC15 (sem preferência entre elas) sempre que possível. A incidência dos sorotipos adicionais, especialmente o 3 e o 19A —associados a doença invasiva e resistência a antibióticos e responsáveis, hoje, pela maior parte das doenças pneumocócicas graves no Brasil — têm aumentado no mundo todo.
  • Na rotina, o esquema deve ser iniciado aos 2 meses de idade, com três doses (aos 2, 4 e 6 meses) e um reforço entre 12 e 15 meses.
  • Em caso de atraso, o esquema dependerá da idade da criança no momento em que a primeira dose de VPC13 ou VPC15 for aplicada:
    • Até 6 meses: três doses no primeiro ano de vida e reforço entre 12 e 15 meses de idade (esquema 3 + 1).
    • Entre 7 e 11 meses: duas doses no primeiro ano de vida e reforço entre 12 e 15 meses de idade (esquema 2 + 1).
    • Entre 12 e 24 meses: duas doses com intervalo de dois meses (esquema 1 + 1).
    • A partir de 24 meses: dose única.
  • Para crianças a partir de 6 anos, adolescentes e adultos com doenças crônicas que aumentam o risco para doença pneumocócica invasiva ainda não vacinados: dose única de VPC13 ou VPC15, complementando a vacinação com a vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente (VPP23). Clique para saber mais.
  • A partir de 60 anos, a VPC13 ou a VPC15 são recomendadas de rotina, em esquema sequencial com a vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente (VPP23): uma dose de VPC13 ou VPC15, uma dose de VPP23 com intervalo de 6 a 12 meses, e outra dose de VPP23 a partir de cinco anos após a anterior.
  • Intercambialidade: A intercambialidade entre a VPC13 e a VPC15 foi avaliada por ensaio clínico que comparou a quantidade de anticorpos estimulada por esquemas completos de VPC13 e de VPC15 com as estimuladas por esquemas com todas as possibilidades de intercâmbio: três doses de VPC13 e uma de VPC15, duas doses de VPC13 e duas de VPC15 ou uma dose de VPC13 e três de VPC15.

O trabalho concluiu que a concentração de anticorpos específicos após a dose de reforço em todos os esquemas mistos analisados foi adequada e equivalente à verificada com os esquemas completos de VPC13 e de VPC15. A intercambialidade é, portanto, respaldada cientificamente em qualquer ponto do esquema vacinal iniciado com a VPC13.

Entretanto, no caso de intercambialidade com VPC10, para proteção adequada contra os principais sorotipos responsáveis por doença grave (19A e 3), deve ser adotado o esquema completo recomendado para a idade em que a primeira dose de VPC13 ou VPC15 for aplicada.

Via de aplicação:

Para qualquer das três vacinas, a via de aplicação é intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:
  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
  • Recomenda-se evitar o uso profilático (sem a ocorrência de febre) de antitérmicos e anti-inflamatórios antes e nas 24 horas que seguem a vacinação.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
Efeitos e eventos adversos:

VPC13 – Em mais de 10% das crianças vacinadas ocorre: diminuição do apetite, irritabilidade, sonolência ou sono inquieto, febre e reações no local da aplicação (dor, vermelhidão, inchaço ou endurecimento). Pode haver, ainda, diarreia, vômitos, erupção cutânea, febre acima de 39°C. Até 1% dos vacinados apresentam por choro persistente, convulsões, urticária, reação local intensa. Raramente (entre 0,01% e 0,1%) ocorrem: episódio hipotônico-hiporresponsivo (EHH) e anafilaxia. Entre adultos, mais de 10% podem apresentar diminuição do apetite, dor de cabeça, diarreia, erupção cutânea, dor nas articulações, dor muscular, calafrios, cansaço e reações locais (endurecimento, inchaço, dor, limitação do movimento do braço); em até 10% ocorrem vômitos e febre e menos de 1% dos vacinados relatam náusea, alergia grave, gânglios no braço vacinado.

Poliomielite Inativada

Essa vacina é indicada para:

O que previne:

Você já deve ter ouvido falar em poliomielite, pólio ou simplesmente paralisia infantil, mas possivelmente não conhece ninguém que tenha tido a doença nos últimos 30 anos. Isso se deve exclusivamente à vacinação, mas não foi sempre assim.

Até a década de 1950, a poliomielite causava verdadeiro pânico no mundo inteiro, tudo por conta de consequências tão graves quanto a paralisia ou a incapacidade de respirar sem a ajuda de aparelhos. E eram milhares de pessoas.

No Brasil, as campanhas anuais de vacinação e as rigorosas medidas de vigilância epidemiológica reduziram progressivamente o número de casos da doença — o último registro foi em 1989. Por conta desse esforço, adotado também por outros países, em 1994 a Opas (Organização Pan-americana de Saúde) declarou a erradicação nas Américas do vírus selvagem da poliomielite.

Como nem todos os continentes conquistaram esse status, de 2004 a 2014 ocorreram surtos em Moçambique, Miamar, Indonésia, China, Paquistão, Nigéria, Camarões, Níger, Chade, Afeganistão, Somália, Quênia, Congo, Yêmen, Índia, Etiópia, Madagascar e Camboja. Além desse fator, existe também a ocorrência de casos de poliomielite provocados pelo vírus da vacina oral (Sabin) em países com baixas coberturas vacinais.

Para entender essa questão, é preciso saber que o vírus da vacina oral é vivo e enfraquecido, de modo que normalmente prolifera no intestino da pessoa vacinada sem causar doença, protegendo-a e sendo eliminado pelas fezes. No entanto, podem ocorrer duas outras situações, extremamente raras: por algum motivo, a pessoa vacinada pode desenvolver poliomielite pelo próprio vírus vacinal ou o vírus vacinal pode sofrer mutações dentro do organismo da pessoa vacinada, tornando-se capaz de causar doença, sendo eliminado pelas fezes e infectando pessoas que não estão vacinadas e adoecem por causa deste vírus “mutante”. A solução passa por manter alta cobertura vacinal e a vacinação com a vacina inativada poliomielite, pelo menos para as duas primeiras doses. Viajantes que se dirigem para países com risco de transmissão devem atualizar sua vacinação.

Transmissão:

Contato direto entre pessoas; por via fecal-oral; por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou de portadores do vírus. Também pode ser transmitida por meio de gotículas de secreções da garganta durante a fala, tosse ou espirro.

Indicação:
  • Devido à erradicação da poliomielite em diversas regiões do mundo e também para evitar a paralisia que pode ser causada pelo vírus contido na vacina oral (VOP), a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que países como o Brasil, de baixo risco para o desenvolvimento da doença, passem a utilizar a vacina inativada (VIP), sempre que possível.
  • Desde 2016, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) adota a vacina VIP nas três primeiras doses do primeiro ano de vida (aos 2, 4 e 6 meses de idade) e a VOP no reforço e campanhas anuais de vacinação.
  • A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) orienta que a VIP seja a vacina de preferência na administração de todas as doses.
  • A vacina poliomielite é indicada de rotina para todas as crianças menores de 5 anos.
  • Para viajantes adolescentes e adultos com destino a países onde a doença é endêmica, como o Paquistão e o Afeganistão, ou a locais onde há risco de transmissão e registro de casos de poliomielite causada pelo vírus vacinal.
Contraindicação:

VOP

  • Gestantes;
  • Pessoas que sofreram anafilaxia após o uso de componentes da fórmula da vacina (em especial os antibióticos neomicina, polimixina e estreptomicina);
  • Pessoas que desenvolveram a pólio vacinal após dose anterior;
  • Pessoas com deficiência do sistema imunológico causada por doença ou medicamentos, pessoas que vivem com o vírus HIV, e todos os que convivem com esses grupos.

VIP – A história de reação alérgica grave (anafilaxia) à dose anterior da vacina, ou a algum de seus componentes, contraindica doses futuras.

Esquema de doses:
  • A imunização contra a poliomielite deve ser iniciada a partir dos 2 meses de vida, com mais duas doses aos 4 e 6 meses, além dos reforços entre 15 e 18 meses e aos 5 anos de idade.
  • VIP – Na rotina de vacinação infantil: aos 2, 4 e 6 meses, com reforços entre 15 e 18 meses e entre 4 e 5 anos de idade. Na rede pública as doses, a partir de um ano de idade, são feitas com VOP.
  • VOP – Na rotina de vacinação infantil nas Unidades Básicas de Saúde, é aplicada nas doses de reforço dos 15 meses e dos 4 anos de idade e em campanhas de vacinação para crianças de 1 a 4 anos.
Via de aplicação:
  • VOP – Oral.
  • VIP – Intramuscular.
Cuidados antes, durante e após a vacinação:

Para ambas as vacinas

  • Em crianças com febre moderada a alta (acima de 38ºC), a vacinação deve ser adiada até que o quadro clínico melhore.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes devem ser investigados para verificação de outras causas.

VOP

  • Diarreia e vômitos leves não contraindicam a vacinação, mas recomenda-se adiá-la ou repetir a dose após quatro semanas.
  • É aconselhável interromper a amamentação por uma hora antes e depois da administração da vacina — se o bebê golfar ou vomitar, não é preciso repetir a dose.

Nota: A VOP não deve ser administrada em bebês que se encontram hospitalizados. Também não deve ser administrada em crianças que convivem com imunodeprimidos.

Efeitos e eventos adversos:

VOP – Por conter vírus vivos, ainda que “enfraquecidos”, a VOP pode causar alguns eventos indesejáveis:

  • Poliomielite associada à vacina (VAPP): Ocorre quando o vírus da vacina consegue causar poliomielite na pessoa vacinada ou em quem convive com ela. Isso pode acontecer de quatro a 40 dias após a vacinação. A taxa de registros é de um caso para cada 3,2 milhões de doses aplicadas. Esse risco é muito maior (quase o dobro) quando da aplicação da primeira dose. Para quem tem comprometimento do sistema imunológico, o risco é cerca de 3.200 vezes maior. No Brasil, entre 1989 e 2011, foram registrados 46 casos de VAPP, todos em crianças (um caso para cada 1,6 milhão de doses aplicadas). Os sintomas começam com febre, dificuldade de movimentação, dor e fraqueza dos músculos, principalmente das pernas, mas pode atingir os músculos usados na respiração. Depois de alguns dias, a dor desaparece, melhora a dificuldade de movimentação, mas os músculos começam a atrofiar e a amolecer.
  • Meningite asséptica e encefalite: Apesar de muito rara, é um risco maior para crianças imunodeficientes. Trata-se de uma inflamação do cérebro ou das membranas que o protegem. Podem acontecer sintomas que afetam a consciência (alucinações, mudanças de personalidade, agitação, sonolência, torpor e coma), sintomas que refletem as áreas afetadas do cérebro, em geral relacionados com a orientação espacial ou a sensibilidade (perda localizada de movimento em determinada parte do corpo, falta de coordenação motora, movimentos involuntários, sensações estranhas ou perda de sensações em partes do corpo) e sintomas de irritação do cérebro (crises convulsivas).
  • Reações de alergia: São raras e se devem aos componentes da vacina. Podem acontecer urticária e erupções na pele com coceira, mas não contraindicam doses subsequentes.
  • Poliomielite por vírus derivado da vacina (VDPV): Acontece por uma instabilidade genética do vírus da vacina ou pela combinação do material genético do vírus vacinal com outros vírus que vivem no intestino, propiciando o surgimento de vírus mutantes capazes de causar poliomielite e de serem transmitidos para outras pessoas. Até o final de 2013, nenhum VDPV foi identificado no Brasil.

VIP – Com a apresentação inativada pode ocorrer eritema discreto no local da aplicação (em menos de 3% dos vacinados), endurecimento (em menos de 12%), e dor geralmente leve (em menos de 30% dos vacinados). A febre é rara, ocorre em menos de 10% dos vacinados. A anafilaxia também, com risco adicional para pessoas que têm alergia grave aos antibióticos da fórmula (estreptomicina, neomicina e polimixina B).

Nas apresentações combinadas com outras vacinas, os eventos adversos possíveis também se relacionam às outras vacinas que estão combinadas (ver DTPa-Hib-VIP, DTPa-Hib-VIP-HB e dTpa-VIP).

Meningocócica B

Essa vacina é indicada para:

O que previne:

Meningites e infecções generalizadas (doenças meningocócicas) causadas pela bactéria meningococo do tipo B.

Indicação:

Bexsero®:

  • Para crianças e adolescentes, conforme recomendações das sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e Imunizações (SBIm).
  • Para adultos com até 50 anos, dependendo de risco epidemiológico.
  • Para viajantes com destino às regiões onde há risco aumentado da doença.
  • Para pessoas de qualquer idade com doenças que aumentem o risco para a doença meningocócica.
Contraindicação:

Pessoas que tiveram anafilaxia após uso de algum componente da vacina ou após dose anterior.

Esquema de doses:

Bexsero®:

  • Para crianças, as sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam o uso rotineiro de duas doses e um reforço da vacina meningocócica B: aos 3 e 5 meses de vida e entre os 12 e 15 meses. 
  • Para adolescentes não vacinados anteriormente, a SBP e a SBIm recomendam duas doses com intervalo de um mês.
  • Para adultos com até 50 anos, em situações que justifiquem: duas doses com intervalo de um mês.
  • Grupos de alto risco, como pessoas vivendo com HIV, portadores de asplenia anatômica ou funcional, que tenham deficiência de complemento ou em uso de eculizumabe ou outros medicamentos biológicos que interferem na via do complemento: três anos após completar o esquema, tomar uma dose de reforço.
Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:
  • A administração de paracetamol antes ou logo após a vacinação com a Bexsero® pode reduzir o risco de febre e não interfere na resposta imune à vacina.
  • Não são necessários outros cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
  • Evitar aplicação simultânea da vacina Bexsero® com as vacinas tríplice bacteriana, pneumocócica conjugada, Haemophilus influenzae tipo b, poliomielite e hepatite B, para reduzir chance de febre alta após a vacinação.
Efeitos e eventos adversos:

Bexsero®:

  • Em crianças menores de 2 anos, febre alta com duração de 24 a 28 horas pode ocorrer em mais de 10% dos vacinados. Quando a vacina é aplicada junto com a tríplice bacteriana acelular, pneumocócica conjugada, Haemophilus influenzae tipo b, poliomielite e hepatite B, esse percentual aumenta para 69% a 79%. Por isso é preferível não aplicá-las no mesmo dia.
  • Em crianças até 10 anos, em mais de 10% dos vacinados acontecem: perda de apetite; sonolência; choro persistente; irritabilidade; diarreia; vômitos; erupções na pele; sensibilidade no local da aplicação e ao movimentar o membro onde foi aplicada a vacina; reações locais (dor, calor, vermelhidão, inchaço). 
  • Em mais de 10% dos vacinados com mais de 11 anos ocorre cefaleia; náuseas; dor nos músculos e articulações; mal-estar e reações locais, como inchaço, endurecimento, vermelhidão e dor.

Meningocócica ACWY

Essa vacina é indicada para:

O que previne:

Meningites e infecções generalizadas (doenças meningocócicas) causadas pela bactéria meningococo dos tipos A, C, W e Y.

Indicação:
  • Para crianças a partir de 2 meses e adolescentes.
  • Para adultos e idosos com condições que aumentem o risco para a doença meningocócica ou de acordo com a situação epidemiológica.
  • Para viajantes com destino às regiões onde há risco aumentado da doença.
Contraindicação:

Pessoas que tiveram anafilaxia após o uso de algum componente da vacina ou após dose anterior.

Esquema de doses:
  • As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam o uso rotineiro dessa vacina para crianças e adolescentes. 
  • Para crianças, a vacinação de rotina deve iniciar aos 3 meses de idade com duas doses no primeiro ano de vida (dependendo das recomendações das bulas) e reforços entre 12 e 15 meses, entre 5 e 6 anos e aos 11 anos de idade. Para adolescentes que nunca receberam a vacina meningocócica conjugada ACWY, são recomendadas duas doses com intervalo de cinco anos.
  • Para adultos, dose única, a depender de risco epidemiológico ou condição de saúde.
Via de aplicação:

Exclusivamente pela via intramuscular profunda.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:
  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode-se usar medicação para dor, sob recomendação médica.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
  • Pode ser aplicada no mesmo momento em que a vacina meningocócica B.
Efeitos e eventos adversos:
  • Em 10% dos vacinados ocorrem: inchaço, endurecimento, dor e vermelhidão no local da aplicação; perda de apetite; irritabilidade; sonolência; dor de cabeça; febre; calafrios; cansaço; e dor muscular. Entre 1% e 10% dos vacinados apresentam sintomas gastrintestinais (incluindo diarreia, vômito e náusea); hematoma grande no local da aplicação; erupções na pele e dor nas articulações. Em 0,1% a 1% dos vacinados ocorrem: insônia; choro persistente; sensibilidade diminuída da pele no local da aplicação; vertigem; coceira; dor muscular; dor nas mãos e pés e mal-estar. Em 0,01% a 0,1%, principalmente em adultos, acontece inchaço extenso no membro em que foi aplicada a vacina, com frequência associado à vermelhidão, algumas vezes envolvendo a articulação próxima ou inchaço de todo o membro.
  • As reações tendem a desaparecer em até 72 horas.

Influenza Tetravalente – Gripe

Essa vacina é indicada para:

Indicação:

Protege contra infecção pelos quatro tipos de vírus influenza contidos na vacina, um tipo B a mais do que a trivalente. Indicada à partir dos 06 meses de idade.

Contraindicação:

Anafilaxia e outras alergias “graves” aos componentes da vacina; doenças febris agudas. Anafilaxia ou alergia grave a ovo deixou de ser contraindicação, tendo em vista concentrações muito baixas da proteína do ovo na Composição da vacina, e ausência de eventos graves em pessoas vacinadas, com história de anafilaxia prévia. Pode ser aplicada simultaneamente ou a qualquer intervalo de outras vacinas.

Esquema de doses:

Apresentação infantil (0,25mL, Sanofi): 6 a 35 meses de idade: no primeiro ano de vacinação devem ser aplicadas duas doses com intervalos de 30 dias entre cada dose. Após primeiro ano de vacinação, somente uma dose por ano. Caso a criança tenha recebido apenas uma dose no primeiro ano, deve receber duas doses no segundo. A apresentação infantil pode ser substituída por metade da dose da apresentação adulto. Apresentação adulto (0,5mL): 6 a 35 meses meia dose, com as recomendações acima. 3 a 8 anos de idade: no primeiro ano de vacinação devem ser aplicadas duas doses com intervalos de 30 dias. Acima de 8 anos uma dose desde o primeiro ano de vacinação. Vacina GSK, 0,5 ml a partir dos seis meses de idade.

Via de aplicação:

Intramuscular (preferencialmente) ou subcutânea.

Efeitos e eventos adversos:

Dor localizada, vermelhidão e inchaço no local. Podem ocorrer febre baixa e cansaço muscular. É rara a ocorrência de febre alta, já tendo sido registrada convulsão febril com relação temporal à aplicação da vacina.

Influenza inativada trivalente (gripe)

Essa vacina é indicada para:

O que previne:

Infecção pelo vírus Influenza (que causa a gripe) contidos nas vacinas.

Indicação:

Para todas as pessoas a partir de 6 meses de vida, principalmente aquelas de maior risco para infecções respiratórias, que podem ter complicações e a forma grave da doença.

Contraindicação:

Pessoas com alergia grave (anafilaxia), a algum componente da vacina ou a dose anterior.

Esquema de doses:
  • Para crianças entre 6 meses e 8 anos de idade: duas doses na primeira vez em que forem vacinadas (primovacinação), com intervalo de um mês e dose única nos anos seguintes.
  • A partir de 9 anos: dose única anual.
  • Para menores de 3 anos, no sistema público, o volume a ser aplicado em cada dose é de 0,25 mL. Para as vacinas quadrivalentes disponíveis no sistema privado, o volume de cada dose é de 0,5 ml em qualquer idade.
  • Em situação epidemiológica de risco, como surtos ou aumento da circulação do vírus influenza fora da temporada da gripe (outono e inverno), pode ser considerada uma segunda dose no mesmo ano para os seguintes grupos: idosos, imunodeprimidos e pacientes com doenças crônicas que prejudicam a resposta à vacina e aumentam as chances de quadros graves (diabéticos, pneumopatas, cardiopatas, entre outros). O intervalo em relação à dose anual é de três meses.
  • Se disponível e se a composição da vacina for concordante com os vírus circulantes, a vacina utilizada na última temporada no Hemisfério Norte poderá ser recomendada aos viajantes internacionais e brasileiros residentes nos estados do Norte do país, no período pré-temporada de influenza.
Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:
  • Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
  • Pessoas com história de alergia grave ao ovo de galinha, com sinais de anafilaxia, devem receber vacina em ambiente com condições de atendimento de reações anafiláticas e permanecer em observação por pelo menos 30 minutos.
  • No caso de história de síndrome de Guillain-Barré (SGB) até seis semanas após a dose anterior da vacina, recomenda-se avaliação médica criteriosa sobre o risco-benefício antes de administrar nova dose.
  • Excetuando os casos aqui citados, não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode-se usar medicação para dor, sob recomendação médica.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais que 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
Efeitos e eventos adversos:
  • Manifestações locais como dor, vermelhidão e endurecimento ocorrem em 15% a 20% dos vacinados. Essas reações costumam ser leves e desaparecem em até 48 horas.
  • Manifestações sistêmicas também são benignas e breves. Febre, mal-estar e dor muscular acometem 1% a 2% dos vacinados. Têm início de seis a 12 horas após a vacinação e persistem por um a dois dias, sendo mais comuns na primeira vez em que tomam a vacina. Reações anafiláticas são raríssimas.

Sabe-se que a Síndrome de Guillain-Barré (SGB) pode ocorrer por mais de um motivo, mas em raras ocasiões seu surgimento coincidiu com a aplicação de uma vacina – nesses casos, surgiu entre um dia e seis semanas após a vacinação. Com exceção de uma vacina específica para gripe suína de 1976, todos os demais estudos que buscaram relação de causa entre vacinas influenza e SGB obtiveram resultados contraditórios, alguns encontrando essa relação e outros não. Até hoje não se sabe se a vacina influenza pode de fato aumentar o risco de recorrência da SGB em indivíduos que já a tiveram. Também é importante saber que alguns vírus podem desencadear essa síndrome.

Hexavalente e Pentavalente

Essa vacina é indicada para:

O que previne:
  • Hexavalente: difteria, tétano, coqueluche, meningite por Haemophilus influenzae tipo b, poliomielite e hepatite B
  • Pentavalente: difteria, tétano, coqueluche, meningite por Haemophilus influenzae tipo b e poliomielite
Indicação:

As duas vacinas são recomendadas para crianças a partir de 2 meses de idade e podem ser aplicadas até os 7 anos, sempre que seja indicada cada uma das vacinas incluídas nessas combinações.

Contraindicação:
  • Maiores de 7 anos.
  • Crianças que apresentaram encefalopatia nos sete dias seguintes à aplicação anterior de vacina contendo componente pertussis.
  • Anafilaxia a qualquer componente da vacina.
Esquema de doses:
  • Para a vacinação rotineira de crianças (aos 2, 4, 6 meses e 15 meses);
  • Para reforço aos 4 anos, recomenda-se o uso de dTpa ou dTpa + pólio.
Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:
  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de doença aguda com febre alta a vacinação deve ser adiada até que ocorra a melhora.
  • Em pessoas com doenças que aumentam o risco de sangramento, a aplicação intramuscular pode ser substituída pela subcutânea.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode ser usada medicação para dor, sob prescrição médica.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
Efeitos e eventos adversos:
  • Os eventos adversos e a frequência com que ocorrem são semelhantes nas duas vacinas e devem-se principalmente ao componente pertussis. Estudo comparativo mostrou que as reações a estas vacinas foram significativamente menores quando comparadas com a vacina combinada contra pertussis de células inteiras (DTPw) oferecida pela rede pública.
  • Até 21% das crianças vacinadas experimentam reações no local da aplicação (vermelhidão, dor, inchaço); até 22% podem ter febre maior que 38ºC; e 1,9% pode ter febre a partir de 40ºC. Um por cento pode manifestar perda de apetite, vômito, irritabilidade, choro persistente e sonolência.

Herpes Zóster

Essa vacina é indicada para:

O que previne:

O herpes-zóster, popularmente conhecido como “cobreiro”, e sua principal complicação, a neuropatia pós-herpética, responsável por dor crônica, prolongada, de difícil controle e extremamente debilitante.

Indicação:

Indivíduos a partir de 50 anos de idade e imunocomprometidos ou pessoas com risco aumentado para herpes-zóster a partir de 18 anos.

Contraindicação:

Histórico de hipersensibilidade grave a componentes da fórmula ou a dose anterior da vacina.

Esquema de doses:

Duas doses, com intervalo de dois meses.

Via de aplicação:

Intramuscular.

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Cuidados antes, durante e após a vacinação:

Algumas precauções devem ser adotadas na vacinação de imunocomprometidos a partir de 18 anos:

  • Transplantados de medula óssea: iniciar o esquema de seis a 12 meses após o transplante;
  • Receptores de transplantes de órgãos sólidos: vacinar preferencialmente antes do transplante, podendo ser adotado o intervalo mínimo de quatro semanas entre as doses. Se não for possível, aguardar de seis a 12 meses após o transplante, de preferência após redução na dose de drogas imunossupressoras e na ausência de doença do enxerto contra hospedeiro (rejeição);
  • Pacientes com câncer: vacinar preferencialmente antes do início da quimioterapia, tratamento com imunossupressores, radioterapia ou esplenectomia. Se inviável, avaliar melhor momento, quando a imunossupressão mais intensa tiver cessado;
  • Pacientes em uso de anticorpos monoclonais (anticélulas B, como rituximab, por exemplo): iniciar esquema pelo menos quatro semanas antes da próxima dose do anticorpo;
  • Pacientes vivendo com HIV/Aids: pacientes em pior estado imunológico e HIV devem ser vacinados, ainda que a resposta seja pior. Cabe ao médico avaliar o momento mais oportuno para a vacinação;
  • Pacientes com doenças autoimunes: preferencialmente, administrar a vacina antes de iniciar imunossupressão mais agressiva.

Observações:

  • Pessoas em uso de antivirais como aciclovir, famciclovir ou valaciclovir podem receber a vacina durante o tratamento.
  • Não há recomendação de intervalo específico para vacinação de pessoas que tiveram episódio agudo de herpes-zóster. A SBIm sugere intervalo de seis meses, mas o período pode ser encurtado para evitar perda de oportunidade de vacinação.
  • A eficácia da vacina inativada é superior à da vacina atenuada. Pessoas que já receberam a vacina atenuada podem receber a inativada caso desejem aumentar a proteção, desde que aguardem dois meses após a última dose da atenuada.
Efeitos e eventos adversos:

Os eventos adversos mais frequentes foram dor no local da injeção (68,1% dos vacinados); mialgia (em 32,9%); fadiga (3,0%); cefaleia (26,3%). A maioria teve intensidade leve a moderada e melhorou em até dois ou três dias.

HPV – Vacina Nonavalente

Essa vacina é indicada para:

O que previne:

Meninas e mulheres de 9 a 45 anos:

  • Cânceres do colo do útero, da vulva, da vagina e do ânus causados pelos tipos de HPV 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58;
  • Infecções persistentes e lesões pré-cancerosas ou displásicas causadas pelos tipos de HPV 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58;
  • Verrugas genitais (condilomas) causados pelos HPV 6 e 11.

Meninos e homens de 9 a 45 anos:

  • Câncer de ânus causado pelos tipos de HPV 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58;
  • Infecções persistentes e lesões pré-cancerosas ou displásicas causadas pelos tipos de HPV 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58;
  • Verrugas genitais (condilomas) causadas pelos tipos de HPV 6 e 11.
Indicação:
  • A vacina está licenciada para todas as pessoas entre 9 e 45 anos.
  • A administração da vacina em homens e mulheres fora da faixa etária prevista em bula — especialmente pessoas com comorbidades associadas a imunocomprometimento  — traz benefícios e deve ser avaliada pelo médico.
Contraindicação:

Gestantes e pessoas que apresentaram hipersensibilidade grave (anafilaxia) após receber uma dose da HPV9 ou HPV4 ou a algum de seus componentes.

Esquema de doses:

A idade do início da vacinação determina o esquema:

  • Meninas e meninos de 9 a 19 anos: duas doses, com seis meses de intervalo (0-6 meses);
  • A partir de 20 anos: três doses (0-2-6 meses);
  • Imunodeprimidos de 9 a 45 anos, independentemente da idade: três doses (0-2-6 meses);
  • Papilomatose recorrente, em qualquer idade: três doses (0-2-6 meses);
  • Vítimas de violência sexual: esquema recomendado para a idade.

Observações:

  • Indivíduos que iniciam a vacinação antes de completar 20 anos devem receber duas doses, mesmo que a segunda dose seja aplicada após completar 20 anos;
  • A vacina HPV9 não está disponível no PNI atualmente. A vacinação no sistema público é feita com a HPV4;
Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:
  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação;
  • Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora;
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação;
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou;
  • Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
Efeitos e eventos adversos:

Os eventos mais comumente observados são dor, inchaço, vermelhidão, prurido e hematoma no local da injeção, cefaleia, febre, náusea, tontura e fadiga.

Hepatites (Combinada A+B)

Essa vacina é indicada para:

O que previne:

Infecções do fígado (hepatites) causadas pelos vírus da hepatite A e hepatite B.

Indicação:
  • Crianças a partir dos 12 meses, adolescentes e adultos.
  • É uma boa opção para pessoas que não foram vacinadas contra as duas hepatites.
Contraindicação:
  • Pessoas que apresentaram anafilaxia provocada por qualquer componente da vacina ou por dose anterior.
  • Pessoas que desenvolveram púrpura trombocitopênica após dose anterior de vacina com antígenos do vírus da hepatite B.
Esquema de doses:
  • Para crianças e adolescentes a partir de 1 ano e menores de 16: duas doses com intervalo de seis meses.
  • Para adolescentes a partir dos 16 anos, adultos e idosos: três doses, sendo a segunda aplicada um mês após a primeira, e a terceira, cinco meses após a segunda.
  • Pessoas com indicação de dose dobrada da vacina hepatite B ou esquema de quatro doses devem receber complementação com a vacina hepatite B.
Via de aplicação:

Intramuscular profunda.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:
  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
Efeitos e eventos adversos:

Reações no local da aplicação, como vermelhidão e inchaço por mais de 24 horas e dor intensa foram relatados por 1,5% dos vacinados. Eventos gerais como febre, dor de cabeça, mal-estar, cansaço, náusea e vômito ocorrem com 0,3% a 10% dos vacinados. Não há relato de eventos adversos graves, mas podemos esperar o mesmo risco que existe para as vacinas isoladas hepatite A e hepatite B.

Hepatite B

Essa vacina é indicada para:

O que previne:

Infecção do fígado (hepatite) causada pelo vírus da hepatite B.

Indicação:

Para pessoas de todas as faixas etárias. Faz parte da rotina de vacinação das crianças, devendo ser aplicada, de preferência, nas primeiras 12-24 horas após o nascimento, para prevenir hepatite crônica – forma que acomete 90% dos bebês contaminados ao nascer.

Especialmente indicada para gestantes não vacinadas.

Contraindicação:

Não deve ser aplicada em pessoas que apresentaram anafilaxia com qualquer componente da vacina ou com dose anterior. Ou nas que desenvolveram púrpura trombocitopênica após dose anterior de vacina com componente hepatite B.

Esquema de doses:
  • Para a vacinação rotineira de crianças, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomendam os esquemas de quatro doses ou de três doses: ao nascimento, em formulação isolada, e aos 2 e 6 meses de vida, como parte da vacina hexavalente acelular. Aos 4 meses é recomendada a vacina hexavalente ou pentavalente acelular.
  • Para crianças mais velhas, adolescentes e adultos não vacinados no primeiro ano de vida, a SBIm e SBP recomendam três doses, com intervalo de um ou dois meses entre primeira e a segunda doses e de seis meses entre a primeira e a terceira.
Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:
  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais que 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
Efeitos e eventos adversos:
  • Em 3% a 29% dos vacinados pode ocorrer dor no local da aplicação; endurecimento, inchaço e vermelhidão acometem de 0,2% a 17% das pessoas.
  • Em relação às manifestações gerais, de 1% a 6% dos vacinados apresentam febre bem tolerada e autolimitada nas primeiras 24 horas após a aplicação; cansaço, tontura, dor de cabeça, irritabilidade e desconforto gastrintestinal acometem de 1% a 20%.